A psoríase é uma doença crônica da pele, não contagiosa, caracterizada pela presença de manchas róseas ou avermelhadas, recobertas por escamas esbranquiçadas. Sua causa é ainda desconhecida e embora exista uma predisposição familiar, não é necessariamente transmitida aos descendentes. É frequente a associação com artrite psoriásica, doenças cardiometabólicas, doenças gastrointestinais, diversos tipos de cânceres e distúrbios do humor.
O quadro clinico pode se manifestar através de:
- Manchas vermelhas com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas;
- Pequenas manchas brancas ou escuras residuais pós lesões;
- Pele ressecada e rachada; às vezes, com sangramento;
- Coceira, queimação e dor;
- Unhas grossas, sulcadas, descoladas e com depressões puntiformes;
- Inchaço e rigidez nas articulações.
Em casos de psoríase moderada pode haver apenas um desconforto por causa dos sintomas; mas, nos casos mais graves, pode ser dolorosa e provocar alterações que impactam significativamente na qualidade de vida e na autoestima do paciente. Assim, o ideal é procurar tratamento o quanto antes.
Além disso, alguns fatores podem aumentar as chances de uma pessoa adquirir a doença ou piorar o quadro clínico já existente, dentre eles:
- Histórico familiar – entre 30% e 40% dos pacientes de psoríase têm histórico familiar da doença.
- Estresse – pessoas com altos níveis de estresse possuem sistema imunológico debilitado.
- Obesidade – excesso de peso pode aumentar o risco de desenvolver um tipo de psoríase, a invertida, mais comum em indivíduos negros e HIV positivos.
- Tempo frio – pois a pele fica mais ressecada; a psoríase tende a melhorar com a exposição solar.
- Consumo de bebidas alcoólicas.
- Tabagismo: o cigarro não só aumenta as chances de desenvolver a doença, como também a gravidade da mesma quando se manifesta.
Tratamentos
Hoje, com as diversas opções terapêuticas disponíveis, já é possível viver com uma pele sem ou quase sem lesões, independentemente da gravidade da psoríase.
O tratamento é essencial para manter uma qualidade de vida satisfatória. Nos casos leves, hidratar a pele, aplicar medicamentos tópicos apenas na região das lesões e exposição diária ao sol, nos horários e tempo adequados e seguros, são suficientes para melhorar o quadro clínico e promover o desaparecimento dos sintomas.
Nos casos moderados, a fototerapia realizada em câmaras emissoras de luz ultravioleta A e/ou luz ultravioleta B) pode ajudar.
Em casos graves é necessário iniciar tratamentos com medicação via oral (acitretina e metotrexato ) ou injetável (imunobiológicos). Estes últimos agem especificamente no alvo da doença (interleucinas) e podem ocasionar a remissão completa da doença.
Lembrando sempre que manter um estilo de vida saudável pode diminuir a progressão e até melhorar a psoríase. Quanto mais precoce for o diagnóstico, mais fácil será o tratamento.
Obs.: Somente um médico pode diagnosticar doenças, indicar tratamento e receitar medicações. As informações disponíveis neste site possuem caráter educativo. A avaliação medica através de uma consulta é fundamental.